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Batata - Doce Vs Comum

Agora que nos aproximamos da época de semear batata lembro de um tema que os clientes tem vindo a comentar.
Nos últimos anos temos demonizado a batata comum comparativamente a endeusada batata doce. Este tipo de pensamentos extremistas não são nada úteis e criam vários mitos. Vamos por partes:
Em termos nutricionais, segundo a tabela de composição de alimentos do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (ver tabela em foto ao lado) apesar de existirem diferenças, não são significativas. As únicas diferenças, comum a qualquer alimento, são ao nível das vitaminas, em que a batata doce tem mais vitamina A e a batata comum tem mais vitamina B.
Na parte de custo, segundo uma pesquisa em varias superfícies comerciais, encontrei os seguintes preços:
Batata doce - 1,69€ até 2,99€
Batata comum - 0,60€ até 1,39€
Neste aspecto já temos um diferença significativa.
No aspecto produtivo é importante conhecermos o nosso solo para depois verificarmos como temos de o "alimentar" (adubos, matérias orgânica, etc). Para ter este conhecimento uma analise ao solo é importante! Até porque vamos tornar mais eficiente o "alimento" que damos ao solo e também não gastamos tanto dinheiro (em adubo por exemplo) que não seja necessário. Além da parte económica, temos o desperdício e poluição ambiental, uma vez que estamos a colocar no solo nutrientes em excesso que não serão aproveitados e vão ser perdidos. ATENÇÃO: isto é valido para qualquer cultura!
Os principais nutrientes que a batata comum necessita são o azoto e o potassio, que são necessários em toda a fase produtiva. Ela é colhida em Março/Abril e Julho/Agosto, dependendo da variedade e tem uma produção media de 30ton/ha.
A batata doce é menos exigente em termos nutricionais mas os mais importantes também são o azoto e o potassio. É plantada entre Abril e Julho. Trata-se de uma cultura que necessita de muito calor e luz uma vez que é oriunda da América do Sul. Tem uma produtividade media de 20ton/ha.
Acima de tudo são duas excelentes opções para termos na nossa horta e na nossa mesa! Não devemos extremizar nenhuma das duas mas sim fazer o que mais gostamos e o que nos sabe melhor.